A batalha travada na Câmara dos Deputados para enterrar a discussão sobre o voto impresso nas próximas eleições pode chegar ao fim nesta sexta-feira (16). Na quinta (15), 20 membros da comissão especial que analisa a questão aprovaram uma autoconvocação do colegiado, composto ao todo por 34 parlamentares. O objetivo com isso é submeter à comissão o projeto do deputado Filipe Barros (PSL-PR), relator da proposta, e derrotá-lo ainda antes do recesso – o texto de Barros é favorável ao voto impresso.

Na sequência, os deputados contrários querem nomear um novo relator, também contra a mudança no modelo de votação, para produzir um relatório que seria aprovado e encerraria o assunto – sem que a mudança seja aprovada na comissão, ela não chega ao plenário da Casa.

Segundo o blog de Malu Gaspar, no jornal O Globo, essa autoconvocação foi organizada pelo deputado Hildo Rocha (MDB-MA) e contou com a adesão de 12 membros, entre apoiadores do governo e oposição – MDB, PT, PSDB, PDT, Solidariedade, PCdoB, PV, Republicanos, PSOL, DEM, PSD e Patriota.

A publicação lembra que esse grupo pretendia votar o projeto desde o final de junho, quando líderes partidários se reuniram contra a mudança. Depois, esses mesmos líderes trocaram deputados que compunham a comissão e tinham posição favorável ao pleito bolsonarista por outros comprometidos a derrubar a proposta.

Então, ao perceber que perdeu maioria, o presidente da comissão, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), e o relator adiaram a votação. Foi quando surgiu a ideia da autoconvocação, agora posta em prática.

Por: Wender Lima

Da redação do blog Tribuna de Palmira

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